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terça-feira, 13 de março de 2012

Chaves e portas... Uma visão geral I

Gosto de pensar no Lenormand como uma penca de chaves.
Uma chave, ou um conjunto delas, em nossas mãos, servirá basicamente a três propósitos: Abrir fechaduras, fechar fechaduras, ou poderá servir a fins decorativos (especialmente aquelas maiores e mais antigas rsrs). Por outro lado, uma chave terá dois destinos possíveis: Será usada, servindo para alguma coisa, ou será descartada, não servindo, para coisa nenhuma, para quem quer que a tenha jogado fora, ou guardado no fundo de uma gaveta.
Se pensarmos um pouco, dois de seus três propósitos, caminham juntos, são inseparáveis, mas agem em momentos diferentes. A fechadura que pode ser aberta, por uma dada chave, é a mesma que por ela pode ser fechada. O intervalo entre essas ações pode ser ínfimo ou durar uma vida toda. A única coisa que e impossível é fazer uso de ambos os propósitos, ao mesmo tempo. Ou se está abrindo ou se está fechando, por exemplo, uma porta...Poderemos algumas vezes constatar que uma determinada porta que foi aberta, deveria permanecer fechada ou vice-versa. 



De qualquer modo, antes de usarmos uma chave que encontramos,  devemos olhar para ela, avaliar seu tamanho, seus contornos, o material de que é feita...Servirá à uma fechadura antiga, ou nova? Pelo tamanho abrirá uma porta, ou algo menor como uma gaveta ou uma caixa? É grande demais para as portas que me rodeiam mas ficará linda como decoração de parede? Será pequena demais, servindo apenas como pingente de um colar?
Ou seja, para descobrir seu propósito temos que olhar a chave. Olhar e ver! Analisar suas características e sentir! Sentir seu peso, ou entrar em contato com sua leveza, perceber sua familiaridade ou entrar em contato com sua estranheza. Ou tudo isso, na ordem inversa. Sentir primeiro e analisar depois...

Pensemos no Lenormand como uma penca de 36 chaves! Cada uma servindo à uma fechadura que abre ou fecha uma comunicação (uma   Porta)  para uma área onde outras 35 portas ali se encontram....
Podemos parar por aqui, ou usar uma das outras chaves e abrir uma outra das 35 portas. É claro que cada uma das 35 possibilidades abrirá um espaço singular, e portanto, diferente de qualquer outro, que fosse aberto, se tivéssemos escolhido outra Chave.
Muito bem...estamos num desses lugares e já deixamos 2 chaves em suas fechaduras... Temos ainda, nas mãos, 34 chaves e à nossa volta 34 portas...Utilizaremos uma terceira chave? Qual delas? Todas parecem iguais...Escolhemos uma, e lá vamos nós para um outro lugar... agora com 33 portas...
Pois é, uma loucura! Ou, como eu diria, uma riqueza incalculável.  Um matemático, e dos iniciantes rsrs, poderá calcular o número de combinações possíveis, mas será apenas um número, e não a paisagem que vemos e experimentamos a cada novo local aberto...Coisa do campo da imaginação e intuição, aliadas ao conhecimento...


 Obra: Escher relativity

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